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Explorando o estilo como ato de empoderamento

Não é fácil se expressar no mundo de um jeito que pareça autêntico. Conheça cinco criadores(as) que se empoderaram conectando personalidade e estilo.

“Quem é você”? Uma pergunta que parece inócua, mas está longe disso. O processo de explorar a identidade pessoal pode ser bastante intimidante. E depois, é necessário coragem para expressar o que encontramos nessa jornada pelo estilo, especialmente quando isso significa desafiar as expectativas convencionais. Conversamos com cinco criadores(as) sobre suas jornadas pessoais no uso do estilo como método de autoexpressão autêntico e empoderamento.

Joakim Gjemmestad

Joakim cresceu num contexto realmente internacional. Ele nasceu em Phnom Penh, no Camboja, mas as visitas à família na Noruega foram frequentes ao longo de sua infância. Aos 10 anos de idade, mudou-se para Bali, na Indonésia, que ele descreve como “um espaço calmo e sereno”. Desde então, Joakim trocou a serenidade pela vida urbana, residindo hoje em Londres. Joakim vê seu trabalho como modelo como uma chance de se transformar em diferentes personalidades.

Para começar, a grande pergunta de sempre: Quem é você?

Joakim: Eu sou uma pessoa que ama. Eu diria que é isso que eu faço. É o que me motiva. Eu sinto que algumas pessoas são motivadas por dinheiro ou objetivos. Eu sou motivado por amor.

Como você se expressa?

Joakim: Pelo movimento. Gosto de dançar, nadar e praticar ioga. Gosto de simplesmente libertar essa energia do meu corpo. Às vezes, sinto a energia presa ou vibrando dentro de mim, e o movimento a liberta. 

Por que se expressar é importante para você?

Joakim: É necessário poder se expressar por meio de sua voz e seu corpo. Eu acho que é algo que você precisa fazer todos os dias. Você provavelmente está se expressando a cada segundo, sem nem perceber. Se você não se expressa, eu sinto que é como ficar preso. Sua energia e sua mente ficam presas. Usar a voz e mover o corpo libertam tudo isso, pelo menos no meu caso.

Como você descreveria seu estilo?

Joakim: Meu estilo está em constante evolução. Ele não cabe em uma caixinha. Não pode ser rotulado. É algo que muda com o meu humor, e que muda conforme eu vou mudando e crescendo. 

Como você escolhe o que vestir?

Joakim: Primeiro, você precisa olhar como está o tempo e, depois, olhar para dentro de si. Quando você olha no espelho, o que está sentindo? Está feliz? Com raiva? Para você se sentir confiante ao longo do dia, é necessário ter total honestidade consigo. Assim, você pode realmente sentir seu corpo. Você não se desconecta mais tanto dele.

Há mais alguma coisa que você queira dizer ao mundo?

Joakim: Se pudesse dizer somente uma coisa a todo mundo, seria ‘por favor, se ame’. Pratique se olhar no espelho e simplesmente se amar. Pode parecer esquisito no começo, mas faça mesmo assim, até que uma hora pareça natural.

She-Lan Daune

She-Lan é um modelo, criador e empreendedor sino-francês vivendo atualmente em Londres, Reino Unido. 

Quem é você?

She-Lan: Essa é uma pergunta enorme, e eu tenho pensado muito sobre isso. O que tem funcionado para mim é ser verdadeiro comigo mesmo. Sempre que me sinto triste, sentimental ou mal em qualquer sentido, essa pequena frase, "Seja verdadeiro com você mesmo", me revigora a cada vez. 

Como você gosta de se expressar?

She-Lan: Pela fluidez, sabendo que posso ser qualquer coisa e qualquer pessoa que eu queira, a qualquer momento. E minha vida sempre pode mudar. Tudo sempre pode mudar, e eu posso abraçar essa mudança. Então a fluidez e a mudança estão sempre no centro. São os motores fundamentais de tudo que eu toco, sinto ou crio.

Como você descreveria seu estilo?

She-Lan: Não existe uma única palavra que descreveria o que eu visto e como eu visto. De forma geral na vida, eu faço o que faço porque nunca vi ninguém parecido comigo e nem que faça o que eu faço. E isso é muito importante para mim. Usar roupas que me protegem, que servem como escudo, é algo que me traz não só conforto como também confiança.

Que conselho você daria para alguém que está tendo dificuldade em se expressar por meio do que veste?

She-Lan: Eu diria: "Você tem valor, não importa a forma ou estilo que decida adotar. Comece lentamente, pois as mudanças não precisam ser imensas. Nem precisam ser rápidas. Um passo de cada vez.’ Sou muito crítico do que eu vestia há cinco anos. Mas tudo bem. É uma jornada. Tenho muito orgulho de mim, da pessoa que estou apresentando neste momento.

Jordan Aki-Sawyerr

Serra-leonês nascido no Reino Unido, Jordan é um atleta de salto triplo que aspira a alcançar o ponto máximo de seu esporte. Ele mora em Londres e trabalha como modelo para várias marcas esportivas e de moda.

“Quem é você”?

Jordan: Meu nome é Jordan Aki-Sawyerr. Sou serra-leonês, nascido no Reino Unido. Sou atleta de salto triplo, modelo e estudante de ciência do esporte.

Como você gosta de se expressar? Jordan: Eu me expresso por meio de meu vocabulário. Também pelo meu senso de estilo, seja com roupas, a cor que tinjo meu cabelo, minhas sobrancelhas, minhas unhas. São várias coisas. Meu senso de expressão é parte integrante do meu senso de identidade. Sem esses pequenos extras, acho que eu não seria eu.

Por que é importante se expressar?

Jordan: Porque todos temos vastas diferenças e similaridades, mas você não vai compreender isso até ver os níveis de complexidade de cada pessoa. Sem me expressar, eu poderia ser percebido como igual a qualquer outro cara na rua, mas isso não leva em conta as diferenças que eu valorizo e que são muito importantes para mim. Para mim, seu nível de expressão é uma parte fundamental da sua identidade, então se expressar é algo muito importante. E não precisa ser a coisa mais mirabolante ou extravagante do mundo. Só precisa ser aquilo que você realmente ama, aquilo que importa para você.

O que a palavra "identidade" significa para você?

Jordan: A palavra "identidade" tem sido muito importante em minha experiência pessoal. Crescendo em Londres como imigrante de segunda geração, eu já tive dificuldades em conciliar minha identidade em termos de nacionalidade, herança cultural e a interação das duas. A identidade é a culminação total de todas as partes de mim que podem ser expressadas.

Estou começando a chegar em um ponto em que o termo "identidade" não importa para mim. O mais importante é a conexão com o meu próprio senso de que eu sou. Minha identidade é como eu me sinto, e ninguém pode tirar isso de mim.

Joy Matthews

Joy é uma pessoa que empreende, cria e trabalha como modelo. Nasceu em Swindon, Reino Unido. Frente aos frequentes sentimentos de restrição e incapacidade de expressar sua real identidade, Joy cria peças de arte que ajudam as pessoas a experimentar"a liberdade que há na escuridão."

“Quem é você”?

Joy: Essa é uma pergunta difícil, pois muitas pessoas definem o que são com base em suas carreiras e conquistas. Mas quem sou eu, lá no fundo? Ainda não sei. Ainda estou me encontrando. Eu achei que tivesse me encontrado, mas ainda estou criando uma personagem e continuo achando coisas que gosto e que não gosto. Eu me considero uma pessoa criativa, empreendedora, uma pessoa de negócios e alguém que só quer ajudar outras pessoas a fazerem o que querem fazer.

Como você gosta de se expressar?

Joy: Eu me expresso pelo meu visual. Tento ter a máxima expressividade possível e não deixar ninguém definir nem a mim e nem à minha personalidade. Faço isso principalmente por meio das minhas tatuagens, as roupas e também minha personalidade. Busco agir com muita energia e simpatia. Busco ser uma pessoa muito compassiva.

Como você descreveria seu estilo? 

Joy: Eclético. Posso usar um terno. Posso usar um vestido. Posso usar roupas de academia. Não é a mesma coisa todos os dias. Eu diria que é um estilo eclético, não-binário. Eu alterno entre os gêneros o tempo todo. As pessoas não sabem qual pronome usar para mim. Todo mundo me chama de homem ou mulher. Estão simplesmente confusos(as). Meu estilo é não-binário, eclético e eu diria que um pouco maluco. Eu simplesmente visto o que quiser.

Você acha empoderador o fato das pessoas não conseguirem facilmente te rotular?

Joy: É como se fosse um superpoder. Posso escolher como me apresentar. Não preciso ser uma mulher, um homem ou uma determinada pessoa. Posso me apresentar da forma como me sinto naquele dia, e a forma como me sinto muda completamente o tempo todo. Minha identidade muda de forma a cada dia. Acho importante sentir poder usando as roupas que estou vestindo e não precisar me prender a um rótulo. Não gosto muito do termo "não-binariedade". Gosto de simplesmente ser eu.

Sheerah Ravindren

Sheerah é uma pessoa criativa e que trabalha como modelo, se auto-descrevendo como "alguém que move a sociedade, não ativista". Sheerah apareceu na capa da edição “50 Years of Pride” da Vogue britânica e no videoclipe de “Brown Skin Girl”, da cantora Beyoncé. Vivendo atualmente na região das Midlands Ocidentais, no Reino Unido, Sheerah tem cada vez mais notoriedade por sua visão nuançada e interseccional sobre os temas racismo, colorismo, pessoas queer, representação e questões que afetam as comunidades do Sul da Ásia.

Vamos começar com uma pergunta grande. Quem é você?

Sheerah: Sou uma divindade. Essa é a minha resposta! Toda pessoa pode ser divina. Você pode encontrar a divindade dentro de si. E ser uma divindade não significa necessariamente que você tenha um ego, significa que você encontrou a paz dentro de si e do mundo em seu entorno.

Como você gosta de se expressar?

Sheerah: Uma boa parte do tempo, é pela moda, ornamentando o que chamo de este "receptáculo" com roupas, joias e às vezes maquiagem, para expressar o que minha alma quer dizer ao mundo.

“Ornamentar um receptáculo” é uma perspectiva interessante. Pode detalhar isso um pouco mais para nós?

Sheerah: Eu acredito que somos essencialmente apenas almas, e o corpo físico nos ajuda a experimentar o mundo externo. Mesmo quando nos expressamos pelas roupas que vestimos, na verdade é nossa alma tentando dizer o que está sentindo. Se não fosse assim, seríamos apenas corpos andando por aí. E eu acho que o que vestimos, o estilo que adotamos e o que escolhemos usar para nos promover podem dizer muito sobre nossos sentimentos, pensamentos e ideologias.

Como você descreveria seu estilo?

Sheerah: Assim como minhas preferências musicais, meu estilo é muito eclético. Eclético, excêntrico, sexy. Limitar meu estilo significaria deixar de experimentar não apenas todas as outras opções de moda por aí como também todos os estilos que eu poderia estar criando. Eu vou pegando coisas pelo caminho e me inspiro no mundo ao meu redor, nos(as) amigos(as), músicas, tudo isso me inspira.

Como você definiria a diferença entre moda e estilo?

Sheerah: Acho que estilo é algo mais pessoal. Moda é um conceito. \[Na moda], alguém lança uma ideia conceitual, nós a aproveitamos se quisermos, e aquilo pode virar o nosso estilo. A moda foi feita para ser interpretada. O estilo é a interpretação.

As entrevistas foram realizadas no set de fotografia e filmagens para o lançamento do THE ROGER Spin, o tênis que oferece alto desempenho, respirabilidade e inovação sustentável em igual medida. É um tênis tão versátil que se transforma facilmente em plataforma para a autoexpressão. Sempre confortável e sempre pronto para o movimento. É tudo que você quer que ele seja. Dê o seu toque pessoal. A decisão é sua. Veja o tênis e encontre a cor que combina com você.