
Nova cor
Club-T Graphic Tennis
Masculino – Lifestyle, design com inspiração tenista, uso diário
2 Cores
55,00 €
Não tem mistério: dominar o forehand é essencial para arrasar nas quadras de tênis. O tenista profissional Flavio Cobolli ensina como aperfeiçoar sua técnica em cinco passos simples.
Tudo começa com um golpe. No Mubadala Citi DC Open de 2024, dois tenistas da On se enfrentaram nas seminais: Flavio Cobolli jogou contra o número dois do ranking Ben Shelton, dono de um dos saques mais potentes do circuito. Ben estava ditando o ritmo; para continuar no jogo, os reflexos rápidos de Flavio não seriam suficientes.
A solução? Forehands precisos, nos momentos exatos. Unindo técnica, potência e precisão, Flavio neutralizou os saques de Ben, manteve-se firme nos rallies e garantiu sua vaga na final.
Se você está começando a jogar tênis, provavelmente não terá que encarar saques de 241 km/h. Mesmo assim, dominar o forehand vai ajudar a jogar com confiança. Neste guia, apresentamos o passo a passo para você desenvolver um forehand natural, fluido e eficaz, digno de profissionais.
“É o golpe mais fácil de aprender, mas mesmo assim pode ser difícil para quem está começando,” diz Flavio. A base de tudo está na empunhadura: ela define o efeito, a potência e o controle. Encontre a que melhor se adapta ao seu estilo para um forehand fluido e natural.
- Eastern: Cobolli recomenda essa empunhadura para iniciantes, já que ela oferece um bom equilíbrio entre potência e controle. Para golpes chapados e velozes, segure a raquete como se fosse apertar a mão de alguém. É fácil de dominar, mas não gera tanto topspin quanto outras opções mais avançadas.
- Continental: essa empunhadura clássica é muito comum em saques, voleios e slices. Coloque a base do seu dedo indicador no segundo chanfro do cabo da raquete, como se estivesse segurando um martelo. Apesar de versátil, não é muito usada nos forehands, porque não gera o topspin necessário para rallies velozes.
- Semi-western: uma das favoritas do tênis moderno. A base do seu dedo indicador deve estar posicionada no quarto chanfro, com a sua mão ligeiramente abaixo do cabo. Essa empunhadura gera topspin de forma natural, ajudando a bola a passar por cima da rede e continuar em jogo. Ela é particularmente eficaz em quadras duras e de saibro.
-- Western: a escolha certa para topspins poderosos. Apoie a base do dedo indicador no quinto chanfro, com a sua mão quase totalmente debaixo do cabo. É ideal para tenistas que jogam no fundo da quadra e priorizam os golpes altos e com efeito.
Sua empunhadura deve se ajustar ao seu estilo de jogo: a Eastern é para quem prefere golpes chapados, enquanto a Semi-western e a Western são a escolha de quem aposta nos efeitos. Teste cada uma e descubra a melhor para você.
Uma boa postura é o segredo da potência e controle nos forehands. Prepare-se para o sucesso:
Comece na posição atlética, com os pés alinhados na largura dos ombros e joelhos levemente flexionados, deixando seu peso na ponta dos pés. Essa base ajuda você a reagir com agilidade.
Faça um split-step assim que a bola for batida. Um pequeno salto restabelece seu equilíbrio e favorece o movimento na direção certa.
Ajuste sua postura ao se mover em direção à bola. As posturas mais comuns são a aberta (com os pés paralelos à linha de fundo), que facilita a recuperação, e a neutra (de lado para a quadra, com o pé da frente apontando para a rede), que dá mais estabilidade.
Para mais potência, transfira seu peso. Na postura neutra, comece com seu peso no pé de trás; em seguida, impulsione o corpo para frente. Na postura aberta, gire seus quadris e ombros para dar o golpe.
Mantenha o centro de gravidade baixo. Flexione os joelhos e adote uma postura firme para aumentar seu equilíbrio e potência. Evite deixar o corpo ereto demais, isso pode atrapalhar seu tempo de reação.
Prepare-se com antecedência para um golpe potente e fluido. É como puxar um estilingue: uma preparação bem feita é a chave para um resultado preciso.
Gire seus ombros e quadris: o primeiro movimento não é o do braço. Assim que a bola estiver vindo em sua direção, gire o corpo, começando pelos ombros e quadril.
Leve a raquete para trás: use sua mão não dominante para mover a raquete de forma estável, mantendo seu braço relaxado.
Faça movimentos compactos e controlados: procure fazer um backswing médio, para encontrar o equilíbrio ideal entre potência e velocidade. Mantenha a cabeça da raquete abaixo dos seus ombros, com uma leve inclinação, e avance com naturalidade.
Um bom backswing nunca parece forçado. Quanto mais fluida for sua preparação, mais fácil será acertar o tempo do golpe e executar um forehand preciso e potente.
Se tentar acelerar demais, você perderá o controle do movimento. Se for devagar demais, faltará potência. Mas, com a mecânica certa, a aceleração sai fluida e sincronizada.
Início do golpe: após terminar o backswing, comece o forehand lentamente e vá ganhando velocidade até o contato com a bola. O poder do golpe vem não só do braço, mas também das suas pernas e tronco.
Rotação de braço: durante o movimento, a mão gira naturalmente, com a palma virando para fora na finalização. Esta pronação gera topspin e ajuda a evitar que a bola vá longe demais.
Ponto de contato: para a maioria dos forehands, procure rebater a bola com a raquete na frente do seu corpo e ligeiramente para o lado, na altura do quadril. Se o contato for muito próximo ou longe, você perde força e não consegue abrir ângulos.
Terminação: depois do contato, continue o movimento naturalmente. Em forehands com topspin, ao final do movimento a raquete deve estar acima do ombro ou até mesmo sobre o outro ombro.
É uma espécie de reação em cadeia, cada etapa do forehand leva à próxima. Quando você encontrar o timing e a rotação de mão adequados e controlar a aceleração, seus forehands serão potentes e consistentes.
A finalização do seu forehand é tão importante quanto o resto do golpe. Uma terminação completa e fluida não só aumenta seu controle e consistência, como deixa você em uma posição melhor para o que vem a seguir. Mantenha seu tronco ativado, sem se inclinar muito para frente ou para trás, com os pés firmes, mas relaxados.
Para uma recuperação rápida, concentre o peso do seu corpo na ponta dos dedos, movendo-se em passos curtos e rápidos para se preparar para o próximo movimento, seja ele qual for. O forehand é um ciclo: contato, finalização e recuperação. Quando a finalização é bem executada, fica mais fácil continuar no ponto.
Errar é humano, mesmo para tenistas líderes do ranking. Veja alguns problemas mais comuns no forehand e o que fazer para corrigi-los:
- Bater na bola cedo ou tarde demais: No primeiro caso, a face da raquete terá começado a virar para baixo, o que pode gerar um golpe mais fraco ou fazer com que a bola bata na rede. Por outro lado, bater na bola tarde demais pode gerar golpes imprecisos, já que a face da raquete estará virada para cima. Concentre-se em acompanhar a bola e estabelecer um ponto de contato consistente na frente do seu corpo. Treinar com uma máquina lançadora de bolas ou com outra pessoa é uma boa forma de melhorar seu timing.
- Forçar muito o pulso ou braço: depender demais do movimento do pulso e do braço pode gerar golpes inconsistentes e até causar lesões. Procure fazer movimentos fluidos usando os grandes grupos musculares. Deixe seu pulso firme, mas relaxado. Assim, em vez de girar de forma brusca, o movimento será natural. A potência deve vir de suas pernas e tronco, como uma mola que se solta durante o golpe.
- Jogo de pés inadequado: ficar com os pés plantados no chão, sem ajustar o posicionamento, torna mais difícil alcançar a bola e gera um golpe desequilibrado. Praticar exercícios de jogo de pés ajuda a melhorar seu posicionamento e a reagir com mais rapidez. Com passos pequenos e rápidos, você se mantém em sincronia com a trajetória da bola.
Dominar o forehand é um passo fundamental para evoluir no tênis. Para jogar melhor, trabalhe seu saque, aprimore seu backhand e mantenha o foco. É isso que garante agilidade e equilíbrio nas quadras.